quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A eterna Clarice Lispector..

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, VIVER ultrapassa qualquer entendimento.

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Clarice Lispector.

Caro 2010,

    Foi em você que eu vivenciei a mais pura experiência de encontros, desencontros e reencontros. Deixei para trás estórias que me fizeram o que sou hoje, e construi novas que me provam o poder que tem uma juventude rebelde que busca em sua ascensão compreensão através de atenções. Cheiros sentidos,  presença sentida, pessoas conhecidas, momentos vividos e revividos. Romances fadados ao fracasso por erro e ironias do destino. E que erros. E que ironias. A ti, só tenho a agradecer.

   Nunca mais sentirei a imensidão e a intensidade que levei meu corpo a sentir em suma convivência. Uma relação de carinho e ódio construi com você, não sei se felicito-me por teu acabemento, ou se vou ao pranto pelo mesmo.

   Foram imensidões inexplicáveis, uma junção completa e repleta entre amor e antipatia. Um carinho e um brilho  no olhar. Um xingamento e um orgulho. Glórias e alegrias. Vidas e Mortes. 
  
   Te senti! Cada minuto vivi! Cada segundo esperando e desejando um amanhã melhor. Angustiada, procurei relembrar fatos, largar o que estava me fazendo mal e aderir, o que hoje, não sei se me faz bem, pois ainda vivo momentos em você que me fazem sentir presa e fadada à uma cidadania e sociedade hipócritas.
   
   Doce 2010, nem sempre tão doce, mas que sejas relembrado de forma minuciosa, senão for por suas bondades, que seja por suas mágoas. Que não sejas esquecido. Seja permanentemente intenso em nossos pensamentos,  mas que nos deixe viver! Seja através dos teus ensinamentos, ou através dos que virão. Que possamos construir através de relatos que fiz uma posição linear de meiguice e afeto. Creio que a tristeza baterá, mas não permitirei entregar-me! Você me fez assim! Foi muito mais do que um amigo. Do que um pai. Do que uma mãe. Fostes o meu destino, me mostrando que para ser feliz é necessário sabedoria. É necessário paciência. É necessário acreditar naquilo que se quer, que se busca. Ter Fé. É necessário muitas vezes ter o "punho forte", e procurar não "abaixar a cabeça", e saber abaixá-la e 'como' quando necessário.

   Os doces olhares que fixei em minhas convicções, serão estes verdadeiros? Quem é quem?
Permitisse, além de tudo, que eu me descobrisse e fizesse deste, a distinção  entre os verdadeiros, que não necessariamente, me cercavam, mas que me encontravam, e em busca de anseios me mostrasse o verdadeiro e o falso.

   Me manti na constante sensação de inspiração do que viria me acontecer nos dias que te sucederam, e ainda estou aqui, na busca de anseios que me mostrem que sentido tem viver por viver, quando não se tem amigos, quando não se pode compartilhar o que eu compartilhei com você e com os demais..

  Caro 2010, não sei se desejo que o ano que está por vir venha repleto como viestes, mas quero viver, novamente, intensamente. Que se forem risos, sejam gargalhadas. Que se forem choros, sejam rios de lágrimas. Que se forem amores, sejam românticos. Que se forem ódios, que estes sejam reprimidos. E que se forem momentos que sejam eternos, intensos, e repletos de coisas boas e coisas ruins que nos façam ser sempre mais humanos.

 Áhhh! A humanide! Provastes o quanto esta foi, é, e sempre será alucinada!


 Chorarei por tua partida, mas agradeço-lhe o que fizestes por mim, e o que fizestes de mim!
(Que venham coisas e experiências novas) 

 Se eu pedisse para viver eternamente, te reviveria. Serás eterno.


 Cordialmente,

       Rúbia Espíndola.

terça-feira, 1 de junho de 2010

- 'Longe de casa a mais de uma semana.. ♫♫

Saudade que dói. Estou longe só fisicamente! Queria poder dá um abraço, queria poder escutar um conselho de uma das minhas amigas agora, olhando-as nos olhos! Queria poder novamente de noite dá um cheiro na cabeça do meu pai e repetir aquela frase que já virou tabu 'te amo pai, boa noite, benção!' - e que mesmo eu não estando por perto repito todas as noites - e poder ouvi-lo dizendo 'boa noite minha filha, que Deus te abençoe, e te conceda o que merecer. Que te faça uma grande mulher! Amor da minha vida..' 
A vida passa muito rápido, e se questionar sobre o 'porquê' de cada coisa chega a ser perda de tempo! Procurarei nunca deixar que a essência da lembrança se vá, pois tenho como meu porto seguro, os sorrisos, os abraços, as choradeiras, as conversas, cada olhar, cada pulada de cerca. E pra gente o importante sempre foi arriscar, mesmo que alguma coisa não desse certo, sabíamos que sempre teríamos umas as outras - e ainda temos! -, ou eu ao meu pai, por isso, sempre procurei arriscar em coisas que tinha quase certeza que me trariam um bem, pois apesar de saber que pessoas no final de tudo me daríam colo, não queria parecer nunca me aproveitar da sitação. Pelo amor que sinto por eles, pela saudade que eles me trazem, por cada lágrima já derramada, sinto dizer que tudo que sou só agradeço a Deus, a eles e que ''.. Valeu a pena Hê, hê.. valeu a pena Hê hê.. ♫♫''


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pensamento tão livre quanto o céu, imagino um barco de papel.. ♫♫

Nunca estamos satisfeitos com o que a vida tem para nos oferecer!
Estamos e vivemos constantemente, nos julgando e julgando aos outros...
Faz muito tempo que perdemos nossa essência, o nosso humanismo. O tempo vai passando e as lembranças do que fizemos e do que não fizemos ficam a nos atormentar.. 
Tenho saudade do tempo de criança, tenho medo da velocidade com que a minha adolescência passa, fico a pensar como serei e estarei daqui a alguns anos e como o mundo será e estará diante de tantos julgamentos..
Será que - como diz a canção ♫♫ - temos todo tempo do mundo?
'Imagino um barco de papel.
Indo embora pra não mais voltar..
tendo como guia iemanjá..
Shimbalaiê.. ♫'



''Viver e não ter a vergonha de ser feliz..''

Durante muito tempo eu me escondi. Deixei de fazer coisas que tinha vontade, por pensar no que as pessoas iriam falar de mim. Até mesmo pequenos atos eu deixei pra trás. Minha infância foi uma das melhores épocas da minha vida, eu não tinha vergonha de nada! Eu brincava, sorria, pulava, corria no meio da rua com meninos - como se eu fosse um - em momento algum eu me restringi. Quando a adolescência chegou, comecei a me esconder, mostrar muitas vezes ser uma pessoa que eu não era, com medo de que não olhassem pra mim, de que não gostassem do meu verdadeiro ser, de que não me achassem bonita. Tive ao meu redor, pessoas que abaixavam minha estima, que realmente me colocavam pra trás, porque eu permitia que isso acontecesse, e esses pensamentos vieram me cercando durante anos. Até um dia uma amiga me dizer que ''não importa se você tem um sorriso feio, o importante é que você pode sorrir!, e daí que alguém te acha feia? Você precisa dessas pessoas? O que você pensa sobre você? Você se valoriza pra que alguém te valorize? Antes você, do que qualquer outro..'' Desde então, começei a me olhar com outros olhos, com os meus verdadeiros olhos! começei a refletir sobre atos que eu não tomava, mas que tinha vontade de tomar, parei de valorizar mais os outros, e passei a dá valor ao meu valor! hoje, sorrio, e não tenho vergonha do que falam ou do que pensam, como já dizia  Gonzaguinha 'O que é? O que é?♫♫'